Do Stand à Story
A invisibilidade dos bons distribuidores
Fazem tudo acontecer. Sem eles, a logística falha, os lineares esvaziam-se, e os contratos comerciais tornam-se folhas em branco. São os distribuidores alimentares — discretos, eficientes, fundamentais. E, ainda assim, invisíveis.
Enquanto o país debate a origem dos cereais ou o valor dos ovos, poucos sabem quem o pôs na prateleira. Porque, na maioria dos casos, quem o pôs não fala. Não comunica. Não se mostra. Não ocupa espaço — nem físico, nem digital. E isso, num tempo em que a confiança se constrói à vista, é o princípio do desaparecimento.
O que não se conta, não existe
A qualidade já não basta. A operação eficiente já não impressiona. Produtos excelentes, se não forem acompanhados de uma mensagem visível, tornam-se dispensáveis, reduzidos ao valor do transporte ou ao preço do palete. Um distribuidor que não comunica é apenas mais um intermediário num mercado saturado de rotas.
Pior: ao não contar a sua história, deixa que outros o façam. E esses outros, quase sempre, são concorrentes com agências, câmaras ligadas e presença cuidada. Distribuir já não é apenas um ato logístico — é um exercício de influência, e essa começa nos canais certos.
Neste artigo, olhamos de frente para a realidade que muitos ignoram. Serão aqui analisados os canais de comunicação mais eficazes para empresas de distribuição alimentar em Portugal, combinando presença física e autoridade digital. Porque entre o stand da feira e a story do Instagram, há um território de reputação que não pode continuar vazio.
O papel da comunicação na distribuição alimentar
Há um mito persistente nas empresas B2B, especialmente naquelas que operam no abastecimento alimentar: o mito da invisibilidade eficaz. A crença de que, bastando entregar a tempo e manter os preços, o cliente virá. Um raciocínio cómodo, mas incompleto. Porque no exacto momento em que se abandona o investimento na comunicação, começa o processo de desvalorização — não do serviço, mas da marca.
Entre os distribuidores alimentares em Portugal, é comum ver toda a carga simbólica da empresa — reputação, diferenciação, memória — entregue às mãos do departamento comercial, como se os vendedores fossem também estrategas de marca. E são? Não. Vendem bem, conhecem bem o terreno, mas não constroem branding. Não criam discurso. Não garantem durabilidade.
A comunicação B2B alimentar, bem executada, não é uma despesa: é um escudo e uma alavanca. Um escudo contra a erosão do preço. Uma alavanca para ganhar novos mercados. Um sinal claro de que ali há consistência, pensamento e ambição. A ausência de comunicação, por oposição, transforma empresas sólidas em operadores substituíveis — e no mundo dos bens alimentares, a substituição é silenciosa e letal.
Deixar de comunicar é um erro crasso. E insistir que “o produto fala por si” é abdicar da linguagem que o rodeia. Em 2025, a promoção das empresas de distribuição alimentar começa na forma como contam o que fazem — não no que dizem que vendem.
As feiras: onde a presença física se transforma em influência real
Poucas ferramentas de marketing B2B têm tanto potencial concentrado como uma feira profissional — mas poucas são tão mal aproveitadas.
No setor da distribuição alimentar, onde as relações são duras, os contratos longos e a confiança raramente nasce de um email promocional, o contacto direto ainda vale ouro (ou melhor, vale muitas bitcoins).
Sabia que?
70% das empresas consideraram que a participação na Lisbon Food Affair terá um impacto imediato no volume de negócios da empresa
Antes da feira: preparar o terreno e ligar o radar
Anunciar a presença com semanas de antecedência,
as redes e por email. Com frequência e intenção, não com frases feitas.
Criar expectativa em torno da presença,
com teasers visuais: “o que vamos mostrar”, “com quem vai poder falar”, “o que pode experimentar”.
Identificar visitantes-chave com antecedência
e marcar reuniões. A feira começa muito antes de abrir as portas.
Adaptar a mensagem da marca à feira em causa,
com mensagens visuais e verbais claras, focadas no público-alvo do evento.
Durante a feira: transformar o stand num palco de influência
Treinar a equipa de terreno:
Cada pessoa que representa a empresa deve dominar a narrativa, os argumentos e os objetivos do evento.
Criar momentos de ativação no stand:
Lançamento de novos produtos ou serviços.
Degustações guiadas para retalhistas ou horeca.
Sessões rápidas de perguntas e respostas com responsáveis técnicos.
Gerar conteúdo em tempo real:
Stories no Instagram ou LinkedIn com bastidores e visitas relevantes.
Vídeos curtos com clientes ou parceiros, em ambiente informal mas profissional.
Fotografias profissionais para arquivo e futura promoção institucional
Distribuir materiais com mensagens fortes:
Não apenas catálogos. Mostrar o que faz a empresa de diferente, não apenas o que faz.
Depois da feira: manter o pulso, capitalizar o esforço
Publicar um resumo da participação,
com fotografias e um “obrigado a quem visitou o nosso stand”.
Fazer follow-up personalizado
com potenciais clientes (não automatizar tudo).
Reforçar o posicionamento da marca nas semanas seguintes
com conteúdos derivados da feira: entrevistas, bastidores, artigos de opinião sobre tendências observadas no evento.
Aliar o impacto real da presença:
contactos úteis? contactos qualificados? presença na imprensa? interação nas redes?
O que a assessoria de comunicação pode fazer pela sua empresa numa feira
A MADDE não faz só stands. Faz a marca brilhar no stand. Com mais de três décadas a acompanhar empresas e associações do setor alimentar, sabemos o que funciona e o que é supérfluo.
A nossa ação inclui:
- Definição de mensagem de marca específica para o evento.
- Criação de materiais gráficos, mensagem-chave e discursos para a equipa de terreno.
- Gestão de conteúdos digitais durante o evento (fotos, vídeos, stories).
- Assessoria de imprensa junto dos órgãos de comunicação social (OCS) setoriais que cobrem a feira.
- Preparação de ações especiais que geram notícia, curiosidade e partilhas.
Revistas profissionais e OCS setoriais: os bastidores onde se constrói reputação
Nem tudo o que vale a pena dizer cabe num post.
Algumas mensagens — as que envolvem confiança, domínio técnico, visão — precisam de espaço, contexto e credibilidade. E é aqui que entram os OCS setoriais e revistas profissionais.
No universo alimentar, estas publicações não são apenas canais de divulgação — são certificados de legitimidade. Quem aparece na Distribuição Hoje, na TecnoAlimentar ou em newsletters de associações, passa a estar no radar de decisores, compradores, consultores e jornalistas especializados.
Sabia que?
Segundo a BusinessWire, 75% dos decisores B2B veem os órgãos de comunicação social como fonte de credibilidade
Mas atenção: aparecer não é pagar um anúncio de página cheia com um slogan vago. Aparecer com credibilidade implica regularidade de artigos, notícias e anúncios – que só se alcançam com estratégia editorial, rigor na mensagem e timing certo.
O que pode (e deve) ser comunicado nos OCS do setor alimentar
- Lançamento de novas unidades logísticas ou expansão de frota própria.
- Certificações obtidas (IFS, BRC, ISO, etc.) e a sua relevância na operação.
- Exemplos de parceria de longo prazo com marcas ou retalhistas de referência.
- Opiniões e tendências do CEO ou diretor comercial sobre temas quentes do setor.
- Participações em feiras internacionais ou ações de exportação.
- Resultados de estudos de mercado internos (mesmo parciais) — mostrar conhecimento do cliente.
Como garantir que a sua presença tem retorno
- Criar uma relação com os editores e jornalistas dos meios relevantes. Eles recebem dezenas de press releases — o seu só será lido se for relevante e bem escrito.
- Oferecer conteúdos com ângulo editorial: “Distribuidores portugueses estão a criar hubs logísticos para responder à sazonalidade do canal horeca” é notícia. “Empresa X aumentou vendas” não é.
- Usar como canal de autoridade: Recorrer à assessoria de imprensa para divulgar informação útil, em vez de autopromoção vazia.
- Apostar em entrevistas técnicas: quando bem preparadas, transformam responsáveis de empresas em vozes do setor.
Ações concretas para distribuidores alimentares que queiram marcar presença
- Enviar artigos de opinião para revistas técnicas, assinados pela administração ou direção comercial.
- Negociar conteúdo patrocinado bem estruturado, que conjuguem exposição de marca com storytelling relevante.
- Promover a publicação de casos de sucesso envolvendo parceiros do canal moderno ou tradicional.
- Ser fonte de informação útil para os meios de comunicação: oferecer dados, tendências, boas práticas.
Como a MADDE transforma informação em influência editorial
A MADDE não empurra notícias para jornalistas — constrói temas que os jornalistas querem publicar.
O nosso trabalho em assessoria de comunicação para empresas do setor alimentar inclui:
Planeamento editorial com foco no calendário do setor e nos objetivos de negócio.
Redação de conteúdos que combinam rigor técnico com clareza de linguagem.
Gestão de relações com editores e jornalistas das principais revistas e portais B2B em Portugal.
Criação de dossiês de imprensa, fichas técnicas e discursos de fundo para porta-vozes.
Redes sociais: da prateleira digital à presença estratégica
Durante anos, dizer “somos B2B” foi desculpa para não estar nas redes sociais.
Hoje, é razão para estar lá com mais inteligência ainda.
A maioria das empresas de distribuição alimentar em Portugal continua a ver as redes sociais como um território juvenil, estético, irrelevante para quem opera por encomenda e palete. O resultado é previsível: são substituídas na mente do cliente por quem aparece mais, melhor e com mais frequência.
Sabia que?
Segundo o LinkedIn Business, 84% dos decisores de topo em empresas B2B — como CEOs e vice-presidentes — são influenciados por conteúdo nas redes sociais no momento de tomar decisões de compra.
A presença digital não serve para entreter. Serve para reforçar a imagem institucional, gerar confiança junto dos parceiros e mostrar — com clareza — que a empresa está ativa, estruturada e consciente do que representa na cadeia alimentar.
As melhores Redes Sociais para empresas de distribuição alimentar
Nem todas são úteis. E muito menos todas ao mesmo tempo.
Bastidores, rostos e provas de vida
- Mostrar a equipa, a operação logística, os processos de segurança alimentar.
- Publicar stories em dias de eventos, visitas, formações internas.
- Apresentar novas marcas representadas, linhas de produto, parcerias visuais com clientes.
Autoridade, pensamento estratégico e reputação
- Partilhar certificações, prémios, investimentos e participações em feiras.
- Publicar artigos breves com opinião técnica de diretores ou gestores.
- Mostrar o lado institucional da marca: responsabilidade social, empregabilidade, sustentabilidade.
agilidade e demonstração visual
- Vídeos curtos com momentos operacionais: carregamento de frota, abastecimento de armazéns, entrevistas rápidas.
- Conteúdos pensados para mobile, com impacto direto e partilhável.
- Utilização inteligente de música, ritmo e texto sobreposto sem perder seriedade.
Erros comuns a evitar
- Publicar apenas catálogos e fotos de banco de imagem.
- Ignorar a cadência: um perfil abandonado transmite abandono organizacional.
- Não interagir com marcas parceiras, clientes ou distribuidores — as redes são bidirecionais.
Ações concretas e estratégicas nas redes sociais
- Definir um calendário editorial realista: 2 a 3 publicações por semana, bem executadas, são mais eficazes que 7 banais.
- Criar rubricas: “Por dentro da distribuição”, “Faces do armazém”, “3 perguntas a…”.
- Envolver a equipa: dar protagonismo a quem representa a marca todos os dias.
- Reutilizar conteúdo institucional de outras áreas (feiras, revistas, prémios) adaptando-o para digital.
O que a MADDE faz nas redes que gera valor real para si
- Não fingimos que um vídeo de drone resolve a comunicação — criamos narrativa com continuidade.
- Não prometemos “engagement” vazio — trabalhamos reputação com profundidade e consistência.
- Sabemos como mostrar uma empresa industrial de forma autêntica, relevante e visualmente profissional.
Os nossos serviços incluem:
- Planeamento editorial adaptado ao negócio, à operação e aos ciclos comerciais.
- Produção de conteúdo visual e textual com linguagem apropriada ao canal e ao público.
- Criação de campanhas pontuais para feiras, lançamentos, datas estratégicas.
- Relatórios mensais com as métricas que interessam: alcance, reputação, interação com decisores.
O erro fatal: escolher um só canal
Há uma obsessão perigosa em muitas empresas — a procura pelo canal milagroso. O que resolve tudo. O que “chega a mais gente”. O que “fica mais barato”. E, sobretudo, o que dá menos trabalho.
É uma tentação compreensível. Mas completamente errada.
A comunicação eficaz no setor da distribuição alimentar não é monocanal — é sistémica. Vive da presença regular em espaços diferentes, com linguagens diferentes, para públicos que consomem informação de formas distintas.
Quem aposta tudo numa feira, mas depois desaparece das redes, é esquecido entre eventos.
Quem investe numa campanha de redes sociais, mas não aparece nos órgãos de comunicação social do setor, fica a falar para si próprio.
Quem faz um conteúdo patrocinado e depois não o divulga online, está a escrever para uma sala vazia.
O segredo não está no canal. Está na sinergia.
Os distribuidores alimentares que constroem uma reputação sólida combinam:
- A autoridade das revistas profissionais, que criam confiança e reconhecimento.
- A visibilidade das feiras, que gera reconhecimento e contactos humanos.
- A frequência e presença constante nas redes sociais, que mantêm a marca viva no dia-a-dia dos stakeholders.
Mas não fazem isto ao acaso. Fazem-no com um plano, com calendarização, com um fio narrativo que liga tudo.
A coerência é a nova omnipresença.
Não é necessário estar em todo o lado ao mesmo tempo — mas é indispensável que onde se estiver, seja com uma narrativa alinhada, relevante e representativa da marca.
A MADDE constrói essa coerência. Não despejamos conteúdo. Trabalhamos a comunicação como um ecossistema — não como uma coleção de tácticas isoladas.
Entre a distribuição e o sucesso, está a comunicação
O produto pode ser bom.
A operação pode ser irrepreensível.
A reputação pode existir — mas se não for visível, é apenas memória interna.
As empresas de distribuição alimentar ocupam um lugar vital na cadeia, mas muitas continuam a comunicar como se fossem invisíveis por natureza. E a invisibilidade, hoje, não é sinal de discrição — é risco de desaparecimento.
As feiras mostram.
As revistas legitimam.
As redes sociais mantêm viva a presença.
Mas só a estratégia certa as transforma em influência real.
A comunicação não é uma camada decorativa: é parte da estratégia de crescimento.
O que diferencia a MADDE na prática?
Se a sua empresa está cansada de ações vazias e quer finalmente comunicar com retorno real, a MADDE está pronta.