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Marketing Digital para PME em Portugal

Marketing Digital para PME em Portugal

O que realmente funciona com orçamentos reduzidos

Vamos ser francos: marketing digital com orçamento reduzido não é um conto de fadas. Se lhe prometeram resultados milagrosos sem investir quase nada, mentiram-lhe. Mas isso não significa que a sua PME esteja condenada a ficar fora do jogo digital por falta de dinheiro. Pelo contrário – com estratégia inteligente e zero paciência para balelas de marketing, é possível conquistar clientes online sem estourar o orçamento. Aqui não há varinhas mágicas nem “gurus” a vender banha da cobra; há trabalho focado no que dá retorno de verdade. Vamos descobrir o que realmente funciona no contexto português, com dicas práticas e um tom sem filtros (afinal, marketing não é só likes e buzzwords). Preparado? Então vamos a isso.

Planeie com Cabeça: Público-Alvo e Objetivos Primeiro, Ferramentas Depois

Antes de qualquer ação brilhante no digital, é preciso ter o básico bem definido: saber a quem quer chegar e o que pretende alcançar. Parece óbvio? Muitas PME portuguesas ainda falham aqui. Definir público-alvo e objetivos claros não custa um cêntimo, mas poupa centenas. Foque-se nos clientes que interessam – naquele nicho específico ou região onde está a sua oportunidade – e esqueça a ideia de “atirar para todos os lados”. Num mercado pequeno como Portugal, segmentar é uma questão de sobrevivência.

Conhecer bem o público português é meio caminho andado. Por exemplo, se vende para outras empresas (B2B), talvez os decisores estejam mais no LinkedIn do que no Instagram. Se tem um café em Lisboa, o Google Maps e as avaliações talvez lhe tragam mais negócio que vídeos no TikTok. A chave é compreender onde o seu cliente passa o tempo online e concentrar aí os esforços. Não tente abraçar todas as plataformas só porque são “moda” – com um orçamento reduzido, isso é a receita para espalhar recursos e impactar ninguém. Em vez disso, escolha 1 ou 2 canais principais onde seu público realmente está e brilhe nesses.

Além do público, fixe objetivos concretos: quer mais leads? Mais vendas online? Aumentar notoriedade local? Metas mensuráveis (ex.: “gerar 50 contactos este mês” ou “vender +20% via site no trimestre”) ajudam a guiar as ações. Sem um objetivo, cada euro investido anda à deriva. Portanto, nada de começar por “fazer um site bonito” ou “criar um Instagram” sem saber porquê. Planeie primeiro, execute depois. Marketing digital não é um botão mágico – é estratégia + execução. E estratégia, caríssimos, é grátis (só exige neurónios e honestidade sobre o seu negócio).

SEO e Conteúdo de Valor: Visibilidade Orgânica (Quase) Gratuita

Se há algo próximo de “publicidade grátis” na internet, é o tráfego orgânico. Aparecer nos resultados do Google sem pagar por clique – quem não quer? É aqui que entram o SEO (Search Engine Optimization) e a criação de conteúdo de valor. Com tempo e esforço (mais suor do que dinheiro), a sua PME pode atrair clientes de forma consistente.

Comece pelo básico: otimize o seu site. Verifique se o site da empresa descreve claramente o que faz, em bom português e com palavras-chave que os clientes usariam para o encontrar. Título, descrições, textos – tudo conta para o Google perceber quem você é. Por exemplo, se tem uma pequena hotelaria no Porto, certifique-se que frases como “hotel familiar no Porto” ou “alojamento local no Porto económico” aparecem no seu site de forma natural. Foque em palavras-chave específicas (long tail) que refletem o que oferece; competir por termos genéricos como “hotel Portugal” é missão impossível (e inútil) para um pequeno negócio.

Além disso, crie conteúdo útil. Sim, significa provavelmente ter um blog ou secção de artigos no site – mas antes que revire os olhos, note: conteúdo relevante atrai pessoas certas. Escreva sobre temas do seu setor que interessem aos seus clientes. Venda materiais de construção? Publique guias rápidos sobre bricolage ou dicas de remodelação low-cost. Tem um ginásio local? Artigos sobre exercícios fáceis para fazer em casa ou nutrição para iniciantes podem trazer potenciais clientes através das pesquisas. Este tipo de conteúdo mostra conhecimento e atrai tráfego orgânico qualificado ao longo do tempo, sem pagar anúncios. É um investimento de tempo que, feito consistentemente, gera frutos. E lembre-se: em Portugal, menos concorrência em português significa mais hipóteses de ranquear bem no Google local. Aproveite essa vantagem.

Uma dica extra: SEO local. Registe a empresa nos diretórios online portugueses relevantes e garanta que o nome, morada e contactos estão uniformes em todo o lado. Isso ajuda o Google a confiar na sua presença. E, claro, o Perfil do Google Business é obrigatório se atende localmente – mais sobre isso adiante.

Redes Sociais (Orgânicas) Inteligentes: Qualidade Acima de Quantidade

Estar nas redes sociais não implica gastar fortunas – na verdade, criar perfis é grátis. Mas atenção: grátis em dinheiro não significa grátis em tempo. Por isso, com orçamento e horas limitadas, convém ser estratega. Aqui, menos é mais: é preferível ter uma presença excelente em uma rede do que má em todas.

Escolha as plataformas onde o seu público realmente está. Em Portugal, por exemplo, o Facebook ainda é rei em alcance (conta com cerca de 5,95 milhões de utilizadores ativos​), e o Instagram vem logo atrás com uns 5,8 milhões​ – ou seja, existe a elevada probabilidade de que os seus clientes usem pelo menos uma dessas. LinkedIn é importante se o alvo são outras empresas ou profissionais, enquanto o TikTok cresce (especialmente entre os mais jovens, com cerca de 3,7 milhões de utilizadores adultos em Portugal​) – mas não se deixe seduzir pelo brilho se não fizer sentido para sua marca. O facto de algo estar na moda não quer dizer que traga vendas para si. Lembre-se disso cada vez que alguém lhe disser que “tem de estar no TikTok” sem justificativa.

Uma vez escolhidas as redes certas, invista em conteúdo autêntico e consistente. Mais vale publicar menos vezes, mas com conteúdo de qualidade, do que bombardear seguidores com posts irrelevantes. Partilhe histórias dos bastidores da empresa, depoimentos de clientes satisfeitos, dicas rápidas sobre o seu produto ou serviço, e use imagens ou vídeos criativos (não precisam de produção digna de Hollywood – um smartphone e boa iluminação fazem milagres). Humor inteligente e tom humano aproximam a marca do público sem gastar um tostão.

Outra estratégia que funciona sem custos diretos: interação. Não seja aquele perfil morto que só despeja promoções. Responda a comentários, participe em grupos do Facebook ou comunidades do LinkedIn relevantes para o seu setor, troque ideias. Essa presença ativa rende mais exposição orgânica (os algoritmos adoram engajamento “real”). Por exemplo, se tem uma PME de alimentos bio, estar num grupo de vegetarianos portugueses e contribuir com dicas (sem ser spammer) pode atrair gente à sua página. É o equivalente digital do “passa-palavra”.

Resumindo: escolha bem as batalhas sociais e foque na qualidade do conteúdo e relacionamento. Não precisa de milhões de seguidores para gerar negócio, só das pessoas certas a prestar atenção. Com criatividade e coerência, as redes podem ser suas aliadas fiéis de marketing a custo praticamente zero.

Email Marketing: O Velho Aliado (Ainda) Imbatível no ROI

Enquanto todos andam distraídos com a última rede social da moda, o bom e velho email marketing continua a ser um dos canais com p melhor retorno sobre investimento no marketing digital. Sim, aquelas newsletters que pareciam coisa dos anos 2000 ainda dão cartas – mas apenas se forem bem feitas. E para PME com orçamento curto, email é ouro: barato, direto e eficaz.

Primeiro passo: construir (ou validar) a sua lista de contactos. Nada de comprar bases de dados manhosas – além de ilegal pelo RGPD, vai afetar a reputação da sua marca. Em vez disso, comece pelos contactos que já tem: clientes atuais, antigos, pessoas que mostraram interesse. Ofereça no seu site uma inscrição para receber novidades ou um pequeno incentivo (um e-book simples, um desconto de cliente frequente, acesso antecipado a promoções) em troca do email. Em pouco tempo, terá uma lista de pessoas realmente interessadas no que oferece.

Depois, comunique com regularidade. Não precisa de enviar emails todos os dias (por favor, não o faça), mas uma newsletter mensal ou quinzenal com conteúdo útil e ofertas exclusivas pode manter a sua marca no radar dos clientes sem ser intrusiva. Lembre-se: quem lhe deu o email quer ouvir de si – contanto que não seja só spam de vendas. Partilhe dicas, notícias do setor, casos de sucesso de clientes, e claro, promocione os seus produtos/serviços de forma equilibrada. Por exemplo, uma pequena loja de vinhos pode mandar uma newsletter com “5 dicas para escolher um bom vinho para o inverno” e aproveitar para apresentar 2 rótulos em promoção. Valor primeiro, venda depois.

A grande vantagem? Custo quase nulo. Ferramentas de email marketing como MailChimp, E-goi ou Sendinblue têm planos gratuitos até um certo número de contactos. Com um pouco de aprendizagem (há templates prontos, não precisa ser designer), consegue resultados profissionais sozinho. E o retorno tende a ser excelente: se o conteúdo acerta no alvo, aqueles cliques no email convertem em visitas e vendas sem gastar um euro em publicidade adicional. Em termos de ROI, poucos canais batem o email – por isso não o ignore achando que “já ninguém usa email”. Use-o a seu favor e verá porque continua na moda entre os marketers espertos.

Otimize o Alcance Local: Google Meu Negócio e Avaliações Online

Esta dica é especialmente crítica se a sua PME depende de clientes numa região ou cidade específica (e muitas dependem). Imagine alguém perto de si procurar no Google por aquilo que você oferece. Aparece ou não aparece? Se não, está a perder dinheiro. Felizmente, estar presente na pesquisa local é grátis – e extremamente eficaz.

Perfil Google Business é o ponto de partida. Crie a ficha da sua empresa no Google e preencha tudo: descrição, categoria, horário, morada, telefone, site, fotos atrativas do negócio, etc. Isto garante que, quando alguém pesquisar no Google Maps ou no próprio Google por serviços “perto de mim” (near me), a sua empresa tem chances de aparecer. E convenhamos, quantas vezes você já não escolheu um restaurante ou loja porque apareceu ali nos primeiros resultados do mapa? Pois. Não estar no Perfil Google Business hoje é como não estar nas Páginas Amarelas há 30 anos – simplesmente impensável para um comércio local.

Outra arma poderosa e subestimada: avaliações e reviews online. Os Portugueses adoram saber a opinião de outros antes de confiar numa empresa. Incentive os seus clientes satisfeitos a deixarem uma classificação  no Google e um comentário simpático. Isso influencia imenso os próximos que virem a sua ficha (ninguém quer ser o primeiro a experimentar um local com zero reviews, e pior ainda se tiver avaliações negativas sem resposta). Responda a todas as avaliações, boas e más, de forma profissional e humana – mostra que se preocupa. E não se esqueça de aproveitar outros locais de reviews conforme o setor: Tripadvisor se for turismo/restauração, Zomato se for restaurante, Facebook também conta, etc. Uma boa reputação online constrói-se com bom serviço (claro) e um simples pedido: “Deixe-nos a sua opinião online, ajuda muito!”.

Além disso, inclua no seu site referências à sua localização geográfica, se relevante, para reforçar o SEO local. Exemplo: se é um advogado em Coimbra, mencionar no rodapé do site “Advogado em Coimbra – atendimento em toda a região Centro” pode ajudar o Google a ligá-lo às buscas locais pertinentes.

Em suma, marcar presença no contexto local é das coisas mais úteis que pode fazer sem gastar dinheiro. A combinação de aparecer nos mapas do Google + boas reviews pode literalmente trazer pessoas até à porta (física ou virtual) do seu negócio. E cada cliente que entra espontaneamente graças a isso é menos um euro que gasta em publicidade paga.

Publicidade Digital Inteligente: Cada Euro Onde Faz Diferença

“Esqueça a publicidade, não tenho orçamento para isso.” – muita PME pensa assim e perde oportunidades. A verdade é que publicidade online não é um luxo só para gigantes; pode (e talvez deva) fazer parte da sua estratégia mesmo com verba modesta. A chave está numa palavra: inteligência. Ou seja, gastar pouco, mas bem gasto, onde cada euro pode gerar retorno.

Como? Primeiro, escolha plataformas de anúncios acessíveis e altamente segmentáveis. As duas estrelas aqui são geralmente Facebook/Instagram Ads e Google Ads. Com poucos euros por dia, consegue chegar exatamente ao público definido, seja por interesses/demografia (no Facebook/IG) ou por intenção de pesquisa (no Google). Por exemplo, com 5€ por dia durante uma semana, pode exibir anúncios do seu serviço de catering a mulheres entre 30-50 anos na Grande Lisboa que pesquisaram por “casamentos low cost” recentemente – uma segmentação cirúrgica que seria impensável fora do digital.

Dito isto, prepare-se para testar e aprender. Invista quantias pequenas em diferentes abordagens e meça os resultados (mais sobre métricas adiante). Talvez descubra que 20€ em anúncios no Facebook rendem mais contactos que 50€ no Google – ou vice-versa – dependendo do seu ramo. O importante é não ter medo de investir valores pequenos e ir ajustando. Publicidade digital é o domínio da mudança rápida: se um anúncio não funciona em três dias, muda-se imagem, texto ou segmentação. Com orçamentos reduzidos, não há espaço para teimosia; há que otimizar constantemente para extrair o máximo de cada euro.

Outra dica: aproveite formatos baratos como anúncios de retargeting. Sabe aqueles visitantes que passaram pelo seu site mas não converteram? Pode voltar a alcançá-los com anúncios bem baratos lembrando-os do que perderam (“Ainda interessado em [produto]? Temos algo para si…”); o retargeting costuma ter custo baixo e conversão alta, uma vez que o público já o conhece. Só não exagere para não parecer stalker digital.

E não subestime o poder de campanhas hiper-locais. No Google, usar palavras-chave + localização (“florista Matosinhos”) evita concorrência nacional e custa centavos. No Facebook, anunciar num raio de 5km em torno do seu negócio pode ser suficiente para esgotar um evento local com uns poucos euros gastos.

Em suma: não tenha medo de fazer publicidade, tenha medo é de fazê-la mal. Cada euro é precioso, portanto planeie bem cada campanha, segmente como um franco-atirador e acompanhe o desempenho diariamente. Feito assim, mesmo 50€ podem render muito mais do que 500€ torrados sem critério. No jogo dos cliques pagos, o cérebro vale mais que a carteira – use-o.

Parcerias e Micro-Influenciadores: Troque Colaborações, Não (Grandes) Verbas

Marketing digital de orçamento curto não precisa de ser um esforço solitário. Parcerias inteligentes podem amplificar a sua mensagem sem custos significativos. Já pensou em unir forças com outras pequenas empresas ou criadores de conteúdo? Juntos podem chegar mais longe, cada um “emprestando” ao outro a sua audiência e reputação.

Uma tática clássica é o guest posting ou troca de conteúdos: escreve um artigo no blog de um parceiro (por exemplo, um fornecedor ou um negócio complementar) e ele escreve no seu. Ambos ganham conteúdo novo e exposição cruzada. Ou fazer lives no Instagram em conjunto, dividindo as audiências – é grátis e pode trazer seguidores mútuos. Procure parceiros que façam sentido: negócios que não competem consigo mas partilham do mesmo público. Se tem uma marca de cosméticos artesanais, pode colaborar com uma pequena influenciadora de beleza portuguesa ou uma loja de produtos naturais, por exemplo. Se é um restaurante local, por que não juntar-se a uma quinta que o abastece e fazerem um vídeo sobre a origem dos produtos? Histórias reais vendem, e dois públicos combinados alcançam mais gente.

Falando em influenciadores: não, não tem que contratar a Cristina Ferreira ou o Ronaldo para promover a sua PME (nem precisa). Mas existem micro-influenciadores – pessoas com 5k, 10k, 20k seguidores locais ou em nichos específicos – que podem ser acessíveis ao seu bolso. Muitos aceitariam parcerias em troca de produto/serviço ou por um valor simbólico comparado com as celebridades. E muitas vezes o público destes micro-influencers é muito mais interessado e relevante. Por exemplo, se tem uma pequena marca de cerveja artesanal, aquela página popular “Cervejeiros de Portugal” com 8k seguidores apaixonados pode dar-lhe mais retorno que aparecer numa grande revista genérica. Negocie trocas justas (envio de produtos para teste, experiências gratuitas, comissões por vendas geradas, etc.) em vez de simplesmente pagar por um post. Assim ambos ganham: você obtém divulgação autêntica e o criador de conteúdo gera material interessante para a audiência dele.

Importante: escolha bem com quem se associa. Parcerias e recomendações valem ouro, mas só funcionam se houver afinidade real e confiança. Uma colaboração mal alinhada (só porque era barata) pode sair-lhe caro em credibilidade. Então procure parceiros que partilhem valores semelhantes aos da sua marca e nos quais você confiaria como consumidor. Feito isso, aproveite – marketing colaborativo alarga o alcance sem precisar de cheques gigantes.

Ferramentas Gratuitas e Automação: Marketing no Piloto Automático (mas com Controle)

Um segredo dos bons marketeers: usar ferramentas tecnológicas gratuitas ou de baixo custo para multiplicar a produtividade. Se é gestor de uma PME e acumula funções, deixar algumas tarefas de marketing no “piloto automático” (bem configurado) pode salvar-lhe tempo e dinheiro. Hoje há uma panóplia de ferramentas acessíveis – aproveite-as, ou arrisca ficar para trás.

Redes sociais, por exemplo. Em vez de ir manualmente a cada plataforma postar todos os dias às horas certas, use ferramentas de agendamento (como Hootsuite, Buffer ou até o Estúdio de Criação do Facebook, que é grátis) para programar posts com antecedência. Pode reservar duas horas na segunda-feira para agendar a semana inteira de conteúdo – garantindo presença consistente mesmo nos dias em que não consegue tocar no assunto. Isso liberta tempo para outras áreas do negócio, sem deixar o marketing estagnar.

Outra área é a automação de marketing por email. Lembra-se do email marketing ali acima? Pode criar sequências automáticas: por exemplo, alguém inscreve-se no seu site e automaticamente recebe um email de boas-vindas apresentando a empresa, depois outro email alguns dias depois com conteúdos úteis iniciais. Tudo isto sem intervenção manual, usando ferramentas gratuitas até certo ponto (MailChimp e afins permitem automações básicas). É como ter um assistente a trabalhar 24h por dia nutrindo potenciais clientes.

E não podemos ignorar a Inteligência Artificial, que deixou de ser ficção científica e já é uma ferramenta do quotidiano. Com orçamento zero, pode usar o ChatGPT (ou outros assistentes de escrita) para “brainstormar” ideias de conteúdos, rascunhar textos base (que depois revê e adapta ao tom da sua marca, claro), ou até gerar variantes de títulos e anúncios para testar. Ferramentas de design como Canva oferecem versões gratuitas que permitem criar gráficos para posts, banners ou folhetos. Há também bancos de imagens gratuitos (Pexels, Unsplash) para não usar aquelas fotos pixeladas de 1998… Em resumo, a internet democratizou o acesso a meios de produção de marketing que antes custariam milhares em software.

Mas fica o aviso: piloto automático não dispensa piloto. Ou seja, automatize e delegue a robots o que for possível, mas não tire totalmente as mãos do leme. Reveja o que as ferramentas produzem, mantenha a autenticidade e supervisione os resultados. A tecnologia é uma aliada poderosa para PME com pouco orçamento, mas precisa das suas instruções e ajustes . Usada com inteligência, consegue ter campanhas a bombar, emails a sair, posts a subir, tudo sincronizado, enquanto se foca no negócio. Parece magia… mas é só eficiência (e isso não custa nada adotar).

Meça, Aprenda e Adapte: Cada Cêntimo Conta (Mesmo)

No mundo do marketing digital low-budget, não há espaço para “achismos”. A única forma de saber o que realmente funciona para a sua PME é medir tudo o que puder. Felizmente, medir também é grátis na maioria das vezes – o Google Analytics não lhe cobra nada para lhe dizer de onde vêm os seus cliques e quais páginas rendem mais contactos. As próprias redes sociais têm painéis de insights abundantes. Então, sem desculpas: mergulhe nos dados.

Tenha definidos os seus KPI’s (indicadores-chave de performance) de acordo com os objetivos traçados. Se o objetivo era gerar leads, quantos formulários preenchidos conseguiu? Se era vendas no site, qual foi a receita? Se era alcance local, quantas chamadas ou visitas originadas do Perfil Google? Acompanhe esses números religiosamente. Isso permite-lhe ver, por exemplo, que aquele post no LinkedIn trouxe 10 mensagens de interessados, enquanto os quatro do Facebook trouxeram 2 – o que acha que deve fazer no próximo mês? Redirecionar esforços para onde há retorno, claro. Marketing de budget é isso: afinar constantemente, cortar o que não dá resultado e concentrar no que dá.

Não tenha pena de “matar” canais ou campanhas que não funcionam. É preferível admitir que o TikTok da empresa não está a dar em nada e investir esse tempo noutra coisa, do que insistir só porque está com FOMO (fear of missing out) digital. Da mesma forma, se um tipo de conteúdo (por exemplo, vídeos de demonstração) está a gerar muito mais interesse que posts estáticos, ajuste a rota para produzir mais desse formato. Flexibilidade e melhoria contínua são a sua vantagem contra concorrentes maiores e lentos.

Uma ferramenta simples: crie um dashboard mensal dos principais números (pode ser numa folha Excel ou Google Sheets). Anote quanto investiu (em € e em horas de trabalho) e o que isso rendeu em métricas concretas. Assim, consegue ver a evolução e ter bases para decisões. Por exemplo: “Em março gastámos 100€ em Facebook Ads e obtivemos 30 leads, em abril gastámos 50€ em Google Ads e conseguimos 40 leads – claramente o Google está a sair mais em conta, vamos ajustar o budget para lá”. É esta mentalidade analítica que faz o marketing digital valer a pena – caso contrário, está só a jogar aos dados.

Em suma: cada cêntimo conta, cada clique conta, cada minuto investido conta. Meça, aprenda com o que os dados lhe dizem e não tenha dó em mudar o que for preciso. A beleza do digital é essa: tudo é mensurável e ajustável em tempo real. Aproveite essa vantagem competitiva e torne-se obcecado por ROI. Garanto que é das poucas obsessões saudáveis no mundo dos negócios

O que realmente funciona no marketing digital para PME com orçamento reduzido?

Em resumo, o marketing digital de baixo orçamento exige foco e esperteza. Não há bala de prata, mas sim um conjunto de estratégias combinadas que, quando bem executadas, trazem resultado sem gastar mundos e fundos. O que realmente funciona é o seguinte:

Saber quem quer alcançar e o que pretende atingir antes de gastar um euro que seja. Estratégia clara primeiro, ações depois.

Otimizar o site e criar conteúdo útil para ser encontrado no Google, manter presença ativa nas redes sociais certas e cultivar audiência sem pagar por ela.

Aproveitar o email marketing e outras ferramentas diretas para nutrir relações e gerar vendas, tirando partido do baixo custo e alto ROI que oferecem.

Garantir que a PME aparece nas pesquisas locais (Google Meu Negócio) e brilha com avaliações positivas dos clientes.

Quando for pagar publicidade, fazê-lo de forma ultra-segmentada, testando com orçamentos pequenos e otimizando rápido, para cada euro trazer retorno real.

Colaborar com outras empresas ou micro-influenciadores para ampliar alcance mutuamente, trocando valor em vez de despejar dinheiro.

Poupar tempo usando tecnologia (agendamento de posts, automação de emails, IA para apoio) e recursos gratuitos para fazer mais com menos.

Acompanhar resultados de perto e ajustar a estratégia continuamente, focando no que funciona e cortando o que não dá frutos.

Em poucas palavras, funciona aquilo que for autêntico, bem direcionado e consistentemente aprimorado. O contexto português tem as suas nuances, mas os princípios são universais: conhecer o cliente, entregar valor, comunicar nos canais certos e medir resultados. Com esse bom-senso estratégico, uma PME pode sim fazer marketing digital de alto nível com um orçamento limitado.

 

Conclusão e Próximos Passos

Marketing digital com orçamento reduzido não é para os fracos – é para os astutos. Neste artigo desmontámos mitos e apresentámos táticas provadas para pequenas e médias empresas em Portugal conquistarem o seu espaço online sem irem à falência em marketing.

Agora, a bola está do seu lado.

O que fazer a seguir? Simples: escolha uma destas ideias e passe à ação já. Talvez comece por otimizar a ficha do Google do seu negócio esta semana, ou por agendar aquele post de valor que anda para fazer há meses. Quem sabe, reservar 50€ do próximo mês para testar um anúncio no Facebook direcionado exatamente ao seu público local.

O importante é não ficar parado. Ideias sem execução são apenas sonhos.
E o mercado não espera por ninguém.

Lembre-se: não precisa de permissão para melhorar o marketing da sua empresa. Precisa é de determinação e um pouco de criatividade. E se, pelo caminho, sentir que precisa de um conselho a sério – sem PowerPoints nem palavreado pré-fabricado– fale connosco.

Na Madde não vendemos esperança. Vendemos estratégia.
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